Proteína é um nutriente do grupo dos macronutrientes, construtor de tecidos e mantenedor de funções fisiológicas e metabólicas. A proteína é adquirida principalmente por meio da alimentação e , em casos específicos, da suplementação alimentar.
A qualidade e a quantidade da proteína consumida é uma questão que deve ser devidamente observada, uma vez que a composição dos alimentos podem não satisfazer as necessidades proteicas individuais, prejudicando a promoção do crescimento e desenvolvimento de crianças e manutenção da saúde no adulto.
Em relação à qualidade, têm-se as Proteínas de Alto Valor Biológico (PAVB), que são aquelas nas quais contêm todos os aminoácidos essenciais, em quantidades suficientes e proporcionais; E as de Baixo Valor Biológico (PAVB), as quais não possuem um ou mais aminoácidos essenciais (os aminoácidos compõem as proteínas e são essenciais porque o corpo não os produz, portanto precisam ser adquiridos pela alimentação.)
Dentro dessa classificação de qualidade, as proteínas de alto valor biológico são as de origem animal, como: carnes, ovos, leite; as de baixo valor biológico, as de origem vegetal: como leguminosas, cereais integrais e hortaliças – a exceção é a soja.
É válido ressaltar que não existem alimentos melhores ou piores em relação à qualidade da proteína, mas sim, a combinação entre elas e o consumo em quantidades adequadas é fundamental para suprir as necessidades diárias. Por exemplo, a combinação do arroz com o feijão torna-se um alimento proteico de alto valor biológico, pois os diferentes aminoácidos que os compõem se complementam.
Quanto consumir?
Haraguchi (2006) aponta que os valores diários de proteína para indivíduos sedentários variam entre 0,8 a 1,0 g por quilo de peso. Para os indivíduos ativos, Carvalho ( 2003) diz de 1,2 a 1,4g de proteína por quilo de peso ao dia.
No entanto, atletas e pessoas que buscam hipertrofia muscular, os estudos mostram de 1,6g até 2,0g de proteína por quilo de peso. Porém esses valores dependem das necessidades energéticas , modalidade esportiva, dentro outros fatores que precisam ser analisados individualmente por um profissional nutricionista.
Nesse contexto, ainda existe uma crença, em especial desse público, os praticantes de atividade física e atletas, de que a proteína adicional aumenta a força e melhora o desempenho, mas não existem estudos que confirmem essa informação. Além disso, os pesquisadores ressaltam que a quantidade de proteína necessária é facilmente atingida por uma alimentação regular e saudável (ROGERO e TIRAPEGUI, 2013; OBEN, KOTHARI e ANDERSON, 2008; MENON e SANTOS, 2008).
O fato é que o organismo utilizará a quantidade de proteína necessária para desenvolver todas as funções específicas pelas quais esse nutriente é responsável e a proteína excedente será degradada e convertida em outros compostos. Nesse sentido, parte dela será oxidada e fornecerá energia para as células, e outra parte será transportada ao fígado, onde será convertida em ureia e posteriormente eliminada pela urina.
Existem evidências de que uma alimentação com excesso de ingestão de proteínas pode gerar uma sobrecarga na eliminação da uréia, podendo prejudicar a função renal.
Proteína e hipertrofia
O aumento da massa muscular está relacionado com o exercício físico em volume e estímulo adequados, descanso o suficiente, juntamente com um balanço energético positivo, isto é, consumir mais calorias do que gasta, e a quantidade adequada de proteína na dieta, e não com a ingestão de proteínas em excesso.
Em resumo, a proteína é um nutriente fundamental para o bom funcionamento do organismo, manutenção da saúde e pode melhorar a performance quando aliada a fatores específicos , como treino, descanso e alimentação, todos alinhados. Em todos os casos, seja saúde ou desempenho, considere a busca por informações de qualidade e profissionais capacitados.