Nesta área do fitness é muito comum se falar em priorizar grupos musculares. Dia de treinar pernas e glúteos, peito, ombro e tríceps, costas e bíceps , e abdômen. Além disso, tem as prioridades por gênero. A maioria das mulheres dão mais atenção aos membros inferiores, enquanto os homens, membros superiores. Dentre as mulheres, tem as que querem mais glúteos ou coxas; já os homens, peito ou bíceps.

Nada de errado com esse raciocínio pela busca de melhores resultados, pelo contrário, faz muito sentido e isso já está bem estabelecido pela ciência. Porém, quando se trata de um indivíduo iniciante, essa questão de prioridades é (ou deveria ser) um pouco diferente.
Antes da estética ou da performance vem a funcionalidade. Isto é, o corpo deve ser capaz de realizar funções básicas, como andar sem tropeçar – e se tropeçar conseguir se estabilizar evitando a queda. Um exemplo bem simplório, mas nesse contexto trata-se da Estabilidade, uma Qualidade Física fundamental para o simples fato de se movimentar.
Agora trazendo a Estabilidade para os treinos, como identificar? Por exemplo, ao fazer um agachamento, é preciso ter estabilidade para não tombar para frente. O mesmo se aplica ao fazer um desenvolvimento com halteres. Sem estabilidade se torna muito difícil controlar a execução dos exercícios. E fazer exercício de forma errada pode gerar lesões e ausência de resultados estéticos e performance.
Retomando o assunto sobre as prioridades, no caso de pessoas que estão começando a praticar atividade física, o mais importante é desenvolver primeiro o core (o tronco) que é uma região que garante um bom alicerce para o trabalho de membros superiores e inferiores.

Ademais, o ponto de equilíbrio do corpo encontra-se na região do core, que é parte do esqueleto axial (cabeça, pescoço e tronco), o qual representa o eixo mediano do corpo. Visto que o tronco é o ponto de fixação de braços e pernas, a estabilidade é fundamental para a execução de movimentos dos membros superiores e inferiores, que juntamente com a cintura escapular e quadril formam o esqueleto apendicular.
Instabilidade para gerar estabilidade
“Instabilidade é compreendida como qualquer coisa ou situação que perturba a posição do centro de gravidade.”
Dentro de um programa de exercícios físicos, o uso da instabilidade é uma forma de sobrecarregar o controle da postura. Na prática, usar bases instáveis, como o Bosu, Exercise ball, trampolim, obrigam a musculatura do tronco a buscar estabilidade.

Outra forma de desenvolver a estabilidade são os exercícios com base reduzida ou apoio em uma só base (só uma uma perna, só um braço); exercícios com cargas instáveis (como o kettlebell); exercícios com execução alternada (direta e esquerda) ou ainda, exercícios com privação visual.

Essas manipulações são possibilidades de aprimorar o desenvolvimento da estabilidade do tronco, que é uma condição básica tanto para quem está iniciando a prática de exercícios físicos, quanto como qualquer pessoa.
Independentemente do seu nível de treinamento e/ou objetivo, busque por orientação profissional.