A gordura é um componente básico do corpo, que pode ser classificado em duas: a gordura subcutânea e a visceral. A primeira, está logo abaixo da pele, sendo mais visível, podendo ser apertada com os dedos. Ela não é muito preocupante para a saúde, já a gordura visceral sim.
A gordura visceral é aquela que se acumula na cavidade abdominal, entre os vários órgãos como o estômago, fígado e pâncreas e, quando em excesso, ocasiona perigos para a saúde. Ter gordura visceral em excesso pode aumentar o LDL (o colesterol “ruim”) e a pressão arterial; aumenta o risco de acidente vascular cerebral, doença de Alzheimer, doenças do coração, cancro colorretal e de mama, assim como pode tornar o indivíduo menos sensível ao hormônio insulina, que provoca um aumento dos níveis de açúcar no sangue, a glicose, aumentando o risco do desenvolvimento de pré-diabetes ou até diabetes tipo 2.
Como saber se há excesso de gordura visceral?
Esta avaliação é feita através da medição da circunferência abdominal.
Na prática: Em pé, passe uma fita métrica na altura do umbigo e verifique.
A recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que a cintura não ultrapasse 102 cm nos homens e 88cm nas mulheres.
Como reduzir ou evitar o acúmulo de gordura visceral?
1- Rotina de Exercícios físicos
A prática de exercícios que aumente a frequência cardíaca, pelo menos três vezes por semana , durante 30 minutos ajuda a diminuir a quantidade de gordura visceral. Com um treino de intensidade os níveis de condicionamento físico melhoram, há aumento de força e de massa muscular e diminuição da massa gorda.
O desenvolvimento de massa muscular influencia diretamente na perda de gordura, devido às células musculares serem ricas em mitocôndrias, organelas celulares responsáveis pela produção de energia.
Quanto mais o corpo produz energia, menos gordura será acumulada.

2- Alimentação
Alimentação com pouco açúcar e pouca gordura é fundamental para reduzir ou evitar a gordura visceral. O ideal é evitar bebidas açucaradas, industrializados, massas e dar prioridade à comida natural, como as frutas, legumes, verduras, raízes e carnes magras. É importante também dar atenção ao modo de preparo, sendo mais indicado consumir in natura o que for possível e cozinhar em água ou vapor, assar ou grelhar.

3- Controle do estresse
O estresse favorece o acúmulo de gordura visceral. Ao estar estressado , o organismo libera a mais o hormônio cortisol , que quando permanece muito tempo em altos níveis, facilita a inflamação no corpo, aumento do apetite por alimentos doces e gordurosos, e o acúmulo de gordura no organismo.

Práticas de meditação, exercícios físicos, leitura, arte, conversar com os amigos, dentre outras, são formas de controlar o estresse do dia a dia. É interessante ter um momento “relax” todos os dias.
4- Sono de qualidade
O indicado é ter de sete a oito horas de sono por noite. Dormir bem, regenera o corpo, que esteve em atividade o dia todo, regula a secreção de hormônios e diminuem os níveis de estresse. Por isso ter noites de sono de qualidade é básico para a manutenção da saúde no geral.
Alimentação saudável, exercícios físicos regulares, alongamentos, aromaterapia, banho quente, chá de camomila, ler livros, ajudam a ter uma excelente noite de sono.

Com essas quatro estratégias simples , aplicadas ao dia a dia, é possível reduzir e até mesmo evitar o acúmulo da gordura visceral, que pode ser desenvolver diversos danos à saúde.
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