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O trabalho em equipe no esporte

O trabalho em equipe faz o sonho funcionar

O trabalho em equipe no esporte
Yumi Saito Consultoria

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Parte da série Olimpíadas de Tóquio, em 50 posts

Rúgbi em cadeira de rodas

A equipe japonesa de rúgbi em cadeira de rodas conquistou uma vitória difícil sobre a França em sua partida de abertura nas Paralimpíadas de Tóquio, e o capitão Yukinobu Ike enfatizou que a confiança que os jogadores têm uns nos outros foi fundamental para a vitória.

O Japão, um dos favoritos à medalha de ouro nos Jogos de Tóquio, ficou atrás da França por longos períodos da partida disputada no Estádio Nacional Yoyogi, que fica na capital.

“Achei que meus companheiros realmente cumpriram seus papéis, independentemente de estarem em quadra ou no banco. Isso nos trouxe a vitória”, disse Ike.

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“Estou muito grato que Haga pegou meu último passe e marcou depois de escapar de um low-pointer (da França)”, disse ele, referindo-se à jogada do companheiro de equipe Masayuki Haga na vitória do Japão por 53-51 sobre a França, na primeira disputa competitiva da equipe da casa depois de 18 meses devido à pandemia de coronavírus.

“A equipe realmente lutou junto e isso foi o mais importante”, disse o técnico Kevin Orr.

Enquanto Ike e Orr concordavam que a vitória se resumia ao trabalho árduo de cada membro da equipe, Orr se apoiou fortemente em Ike e outros membros importantes em momentos cruciais, incluindo os últimos minutos.

Orr explicou: “Essa escalação  do time tinha experiência em vencer (campeonatos mundiais).”

O Japão conquistou o título mundial de 2018 ao vencer a Austrália, depois de ter sido derrotado pelos australianos nas semifinais paralímpicas de 2016 no Rio de Janeiro. Os japoneses chegaram ao bronze com a vitória sobre o Canadá no Brasil e conquistaram a primeira medalha do país na modalidade.

O ouro mundial foi a primeira grande conquista do Japão sob o comando de Orr, técnico americano que assumiu o comando da equipe em 2017.

Ike, o jogador da categoria 3.0 conhecido por sua velocidade e envergadura, foi o coração e a alma da equipe na busca do Japão ao primeiro ouro mundial.

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O rúgbi  em cadeira de rodas internacional tem sete classificações diferentes de jogadores : 0.5, 1.0, 1.5, 2.0, 2,5, 3.0 e 3.5 , de acordo com sua mobilidade e resquícios de movimentos. Quanto maior a motricidade, maior a nota.

A combinação de Ike com seu companheiro Daisuke Ikezaki é considerada uma das melhores do mundo, e assim foi na vitória nas Paraolimpíadas de Tóquio.

Ike, natural de Kochi, oeste do Japão, teve sua perna esquerda amputada após se envolver em um acidente de trânsito, no qual sua mão esquerda também ficou gravemente ferida. Três de seus amigos que estavam envolvidos no caso perderam a vida.

Carreira

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O jogador de 41 anos começou o esporte em 2012 e foi para os Estados Unidos em 2018, jogando pelo time de rúgbi em cadeira de rodas Lakeshore Demolition, por cerca de seis meses.

Depois que as Paralimpíadas de Tóquio foram adiadas por um ano devido à pandemia, havia dúvidas sobre se os Jogos seriam realizados ou não, porém Ike estava aliviado e feliz porque a equipe conseguiu, finalmente, entrar em quadra.

“A todas as pessoas que estiveram envolvidas na preparação dos Jogos, obrigado”, disse Ike.

“Queria dar o meu melhor às pessoas que não puderam ir ao local da competição, mas que mesmo assim continuaram a torcer por nós.”

“Acredito que, se confiar nos meus companheiros, podemos alcançar nosso objetivo”, disse ele.

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