Prisão de ventre, diarreia, inchaço e gases abdominais são incômodos com os quais algumas pessoas convivem diariamente e aceitam essa condição como “normal”. Mas um organismo que não funciona perfeitamente precisa ser investigado.
Esses incômodos são sintomas de que alguma coisa “errada” pode estar acontecendo no seu corpo. Mas a boa notícia é que na maioria dos casos fazer ajustes na alimentação resolve esses mal estar. O que pode causar algum ou todos esses desconfortos são os FODMAPS.
O que são FODMAPS?

FODMAPS é a sigla para Oligossacarídeos Fermentáveis, Dissacarídeos, Monossacarídeos e Polióis. Os alimentos possuem baixo, médio ou alto teor de FODMAPS. Dependendo disso e da hipersensibilidade alimentar de cada indivíduo certos alimentos podem causar desconforto ou não. Por exemplo, o feijão. Há pessoas que quando comem fica com muitos gases, prisão de ventre; Já outras, não sentem desconforto algum. Nesses casos, uma alimentação com baixo teor de FODMAP ajuda a aliviar e até mesmo zerar qualquer incômodo.
Richa Shukla, MD, Professora na Baylor College of Medicine, nos Estados Unidos, recomenda fazer um teste com os alimentos por algumas semanas e ver como se sente. “Se não está fazendo diferença, é hora de reavaliar.”
Pode ser difícil gerenciar uma dieta baixa em FODMAP por conta própria. Por isso, a conduta mais segura e confiável é buscar ajuda profissional de um nutricionista ou gastroenterologista.
Como uma dieta baixa em FODMAP pode melhorar sua saúde gastrointestinal?
O mecanismo da dieta baixa em FODMAP funciona da seguinte maneira:
A dieta Low-FODMAP (com baixo teor de FODMAP ) é uma dieta de eliminação e tem três fases. Inicia-se eliminando alimentos ricos em FODMAP por várias semanas para permitir que o intestino se neutralize, de acordo com a Dra. Shukla. Durante esta fase, pode-se notar a melhora de alguns sintomas.
Na segunda etapa, reintroduzir aos poucos os alimentos que foram eliminados. Nessa fase, é possível descobrir que certos alimentos ricos em FODMAP causam problemas, enquanto outros não – ou pode descobrir que todos eles causam desconforto. Isso é um fator individual.
Na terceira fase, é possível personalizar e manter a dieta adequada. Isso significa evitar os alimentos que geram incômodos e se concentrar nos alimentos que não agravam os sintomas.
Quais são os alimentos com baixo teor de FODMAP?
Há uma gama de alimentos que são considerados baixos em FODMAP, e é difícil saber com certeza o que é melhor para cada pessoa. Durante a fase restritiva, pode-se descobrir que alguns alimentos são melhores que outros para determinada pessoa.
Aqui estão alguns exemplos de alimentos que se enquadram na categoria de baixo FODMAP:
Banana
Azeitonas
Laranjas
Abacaxi
Kiwi
Uva
Grapefruit
Mikan
Rúcula
Espinafre
Moyashi
Pimentão
Berinjela
Alface
Acelga
Arroz integral
Amêndoas
Amendoim
Comer uma dieta com baixo teor de FODMAP não significa necessariamente que você precisa estar com baixo teor de FODMAP o tempo todo, mas manter-se assim pode ajudar. O melhor é testar. Comer uma vez o alimento rico em FODMAP e observar como o seu corpo reage.
O que são alimentos ricos em FODMAP?
O que pode ser um alimento ruim com alto teor de FODMAP para certas pessoas pode causar problema algum para outra. Em geral, alimentos com alto teor de FODMAP contêm carboidratos de cadeia curta os quais são rapidamente fermentados no processo digestivo. Eles podem causar distúrbios digestivos, como gases, inchaço, diarreia ou constipação quando consumidos.
Alguns exemplos de alimentos ricos em FODMAP:
Maçã
Pera
Cevada
Trigo
Leite
Sorvete
Leite de soja
Grão de bico
Feijão
Mel
Alcachofras
Beterraba
Couve
Couves de Bruxelas
Couve-flor
Ervilhas
Milho

A dieta com baixo teor de FODMAP pode identificar alimentos que pioram sintomas ou condições gastrointestinais, de forma individual. Considera-se uma dieta segura e saudável. Porém, o melhor a fazer é buscar acompanhamento de um nutricionista para garantir que a sua alimentação esteja adequada em quantidades e nutrientes necessários para você.