Bem-Estar

Magro sedentário ou obeso Fit?

Um bom condicionamento cardiorrespiratório traz muitos benefícios para a saúde, mesmo para aqueles que ainda estão acima do peso. Se você é sedentário, precisar ler isso!

Magro sedentário ou obeso Fit?
Yumi Saito Consultoria

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Desde o final da década de 1980 vem sendo realizados muitos estudos sobre obesidade e risco de morte devido a ser sedentário. Em uma dessas pesquisas mais antigas foi demonstrado que indivíduos com baixo nível de aptidão cardiorrespiratória têm maior risco de mortalidade 8 anos depois, quando comparados com aqueles moderadamente aptos.

A partir disso, muitos trabalhos têm confirmado consistentemente essa informação tanto para homens e mulheres, saudáveis ou com alguma patologia, para a maioria das causas de mortalidades, por doenças cardiovasculares, para aqueles com baixo nível de aptidão cardiorrespiratória.

A obesidade está relacionada a múltiplos aspectos externos ou/e internos, sendo ela um fator de risco incontestável para a maioria das mortes por doenças do coração. No entanto, estar em forma, isto é, boa aptidão cardiorrespiratória, pode atenuar algumas dessas consequências adversas da obesidade.

Em relação a isso, estudos da década de 1990 apresentaram que todas as causas e risco de mortalidade por doenças cardiovasculares em pessoas obesas, de acordo com o IMC (Índice de massa corporal), percentuais de gordura corporal ou circunferência da cintura, mas que estejam com boa aptidão cardiorrespiratória – acima do específico para idade – não é significativamente diferente em comparação com indivíduos de peso normal e em forma, ou seja, teoricamente os mais saudáveis.

Ter peso normal pode não ser suficiente, mas estar em forma, isso sim desempenha um papel importante na saúde!

A crença de que ter peso normal é sinônimo de saúde é quase que geral. Porém essa ideia talvez esteja errada. Em muitos casos, pessoas com o peso dentro da regularidade, porém sem aptidão cardiorrespiratória, apresentam risco de morte por doenças cardiovasculares significativamente maior do que indivíduos com peso normal e aptos fisicamente.

Além disso, o que pode parecer paradoxal é que pessoas com peso normal, mas inadequados fisicamente, podem correr um risco de morte maior aos obesos que tem boa aptidão cardiorrespiratória.

Papel dos genes e atividade física

A genética e o ambiente influenciam na questão da obesidade e da aptidão cardiorrespiratória. A herança destes aspectos pode ser de até 50%, deixando os fatores ambientais para explicar o resto da variância.

Dentre os fatores ambientais, a atividade física regular e, principalmente, a de alta intensidade têm se mostrado as mais eficazes na melhora da aptidão cardiorrespiratória.

Em relação a outros resultados de saúde, indivíduos obesos, mas com boa aptidão física, têm uma redução de 50% no risco de desenvolver depressão em comparação com obesos inaptos. É provável que o condicionamento físico neutralize a associação da obesidade com a saúde física e mental, como transtorno psiquiátricos, baixa autoestima, câncer, esteatose hepática (fígado gordo), dentre outros.

Embora intervenções de exercícios em indivíduos obesos diminuam o risco de doenças cardiovasculares, mesmo sem perda de peso, não é possível afirmar se essas melhorias na saúde, citadas anteriormente, sem o emagrecimento são motivadas pelos aumentos na aptidão cardiorrespiratória.

Em resumo a obesidade, principalmente quando o IMC é maior que 35 (IMC = peso kg/ altura x altura), é considerada grave. Programas de intervenção no estilo de vida, com atenção especial em exercícios e dieta saudável precisam ser cumpridos. No entanto, o foco exclusivo na perda de peso não é o único necessário, mas também no aumento da aptidão cardiorrespiratória, uma vez que esse nível médio/alto pode diminuir as consequências negativas da obesidade para a saúde.

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