Bem-Estar

Emagrecimento na prática

O emagrecimento depende de uma série de fatores, contudo é importante lembrar que cada pessoa é diferente

Emagrecimento na prática
Yumi Saito Consultoria

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O emagrecimento – redução de gordura corporal – não é um processo rápido ou fácil, pois diversos fatores precisam estar alinhados para que ele de fato aconteça. Para isso, tem-se mais sucesso quando há orientação profissional, melhor ainda se for um trabalho multidisciplinar, reunindo diferentes especialidades.

Para o processo de emagrecimento podem ser utilizadas várias estratégias. Dentre elas, as mais seguras e eficientes são: a mudança do comportamento, a mudança do padrão alimentar e a adesão a uma rotina de exercícios físicos.

Como acontece o emagrecimento?

Primeiramente, deve haver equilíbrio entre as calorias ingeridas e as calorias gastas, esse processo chama-se balanço calórico. Porém, isso é só o começo do transcurso e não o único. Junto com a alimentação, a prática de exercícios físicos, que além de aumentar o gasto calórico diário e a controlar a taxa metabólica em repouso, as atividades físicas regulares atuam na regulação do apetite, melhorando a sensação de saciedade (#Zona regulada). Logo, o treinamento físico é fundamental para o emagrecimento, pois do contrário – o sedentarismo – a tendência é a pessoa ingerir cada vez mais alimentos (#Zona não regulada), sendo que apresenta a situação de baixo gasto de energia.

A partir do momento que o organismo  sofre alterações metabólicas devido a prática de exercícios há melhor controle dos aspectos relacionados à saciedade.

Então só o fato de fazer exercícios garante que as pessoas consigam emagrecer? 

Um estudo publicado em 2014 no Europe an Journal of Clinical Nutrition, verificou a variação do peso de indivíduos, considerando massa muscular e gordura, em função dos exercícios físicos. E o que foi percebido é que existe uma variabilidade muito grande na redução do peso e da gordura corporal em diferentes pessoas.

O exercício físico não age igualmente para todos. Algumas pessoas reduziram o peso em 7,7kg e outras ganharam 3,8 kg. Em relação a gordura corporal, uns diminuíram 8,4kg, assim como teve os que aumentaram 2kg.

Seria o tipo de exercício? Qual é o melhor exercício para emagrecer?

Tanto o exercício de força (como a musculação), quanto os exercícios aeróbios (por exemplo, corrida), geram adaptações no corpo. Um mais a nível da estrutura muscular, o outro mais a nível da biologia molecular. E a associação desses dois fatores favorece o emagrecimento.

O treinamento de resistência foi abordado em um trabalho intitulado Minimal resistance training improves daily energy expenditure and fat oxidation. Foi verificado os efeitos do treinamento, em doses mínimas, no gasto energético após 24h do exercício físico, o gasto energético em repouso e o gasto energético durante o sono. O resultado foi que o grupo que treinou foi capaz de aumentar importantemente o gasto energético a partir da gordura, em repouso e durante o sono, em comparação ao grupo que não se exercitou.

Já em outro estudo, intitulado Hight – Intensity IntervalResistenceTraining (HIRT)influences resting energyexpediture and respiratory ratio in non-dieting individuals, o resultado foi o aumento do gasto calórico após 22h dos exercícios para o grupo que treinou HIRT em comparação ao que fez o treinamento de força tradicional.

Então quanto mais intenso o exercício é melhor?

Como já vimos, o exercício físico não funciona da mesma forma para todos os indivíduos. Ou seja, algumas pessoas respondem melhor aos diferentes tipos de treinamento. Em relação a isso, em The effects of hight – intensyinterval training vs. moderate-continuos training on body composition in overweight and obese adults: a systematicreview and meta-analysis, mostrou que não há superioridade entre os exercícios de alta ou baixa intensidade em indivíduos obesos e com sobrepeso, quando o objetivo é a redução de gordura corporal.

Resumindo: não existe mágica para emagrecer. Existem pessoas diferentes que precisam de estratégias diferentes.

Referências:

Hopkins, M et al. “The adaptive metabolic response to exercise-induced weight loss influences both energy expenditure and energy intake.” European journal of clinical nutrition vol. 68,5 (2014): 581-6. doi:10.1038/ejcn.2013.277

Kirk, Erik P et al. “Minimal resistance training improves daily energy expenditure and fat oxidation.” Medicine and science in sports and exercise vol. 41,5 (2009): 1122-9. doi:10.1249/MSS.0b013e318193c64e

Paoli, Antonio et al. “High-Intensity Interval Resistance Training (HIRT) influences resting energy expenditure and respiratory ratio in non-dieting individuals.” Journal of translational medicine vol. 10 237. 24 Nov. 2012, doi:10.1186/1479-5876-10-237

Wewege, M et al. “The effects of high-intensity interval training vs. moderate-intensity continuous training on body composition in overweight and obese adults: a systematic review and meta-analysis.” Obesity reviews : an official journal of the International Association for the Study of Obesity vol. 18,6 (2017): 635-646. doi:10.1111/obr.12532

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