Primeiro-Ministro do Japão anuncia que não concorrerá nas próximas eleições

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O primeiro-ministro Fumio Kishida anunciou, de forma inesperada, que não participará da eleição presidencial do Partido Liberal Democrático (PLD).

O próximo Primeiro-Ministro

A declaração surpreendeu muitos ao ser divulgada nos jornais matinais. Kishida afirmou que não concorrerá à eleição presidencial do PLD, marcada para o próximo mês, destacando que o primeiro passo mais claro para demonstrar a renovação do partido seria seu afastamento.

A principal razão para sua decisão é a necessidade de lidar com problemas de fundos não declarados, referidos como subornos pela imprensa japonesa, dentro de sua ala política. Como líder do PLD, Kishida sente que é sua responsabilidade enfrentar as consequências dessa grave situação. Ele também mencionou que a conclusão de sua diplomacia planejada para o verão e a definição de diretrizes para combater o aumento dos preços influenciaram sua decisão de não participar das eleições.

Kishida declarou que, como político, queria demonstrar sua integridade, e ao refletir sobre o futuro, concluiu que precisava se afastar para restaurar a confiança em seu partido. A decisão foi tomada no 1046º dia de seu mandato. O líder do partido aliado, Shunichi Yamaguchi, também foi pego de surpresa. Ele disse que recebeu uma ligação do primeiro-ministro por volta das 10h30 da manhã, na qual foi informado da decisão de Kishida.

Cerca de duas semanas atrás, Kishida se encontrou com Taro Aso, reuniu-se duas vezes com Hiroshi Moriyama e também se encontrou com o ministro das Finanças, Shunichi Suzuki, entre outros políticos com quem não costumava se reunir. Isso sugeria que ele estava consultando essas pessoas para solidificar sua decisão.

Essa série de encontros pode ter levado Kishida a tomar a firme decisão de se afastar, sinalizando que, se houvesse insistência para que ele continuasse, ele preferiria se retirar do cenário político.

Alguns membros do partido, considerados fortes candidatos à próxima eleição presidencial, já reagiram à decisão do primeiro-ministro. O secretário-geral do partido, que anteriormente expressou sua intenção de considerar a candidatura durante o verão, afirmou que levará a decisão de Kishida a sério.

O ex-secretário-geral também manifestou seu desejo de concorrer, afirmando que, se conseguir o apoio de pelo menos 20 parlamentares, certamente participará da eleição presidencial. A próxima eleição promete ser uma disputa acirrada, e a escolha do próximo líder do partido se resume àqueles que têm o “perfil de vencedor”.

Os nomes principais mencionados são Shigeru Ishiba, Shinjiro Koizumi e Taro Kono. No entanto, Shinjiro é considerado inexperiente, e embora Ishiba seja popular, há incerteza sobre sua capacidade de formar uma equipe eficaz dentro do partido. Quanto à Taro Kono, sua popularidade diminuiu devido ao seu envolvimento anterior com questões de vacinação.

Alguns analistas acreditam que a eleição será altamente competitiva, sem um candidato claro. Entretanto, um nome emergente como forte candidato é Takayuki Kobayashi, um político de 49 anos que transacionou de uma carreira na burocracia de elite para a política e o ministério. Embora ele tenha potencial, ainda é relativamente desconhecido e enfrenta a concorrência dos líderes mais experientes do partido.

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