Política Internacional

Japão ansioso para resolver disputas sobre territórios com a Rússia

Apesar do acordo Abe-Putin para promover conversações sobre os territórios com base na declaração de 1956, pouco progresso foi feito até agora

Japão ansioso para resolver disputas sobre territórios com a Rússia
Desbravando o Japão

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O Primeiro-ministro Yoshihide Suga e o presidente russo, Vladimir Putin, concordaram que os dois países terão como objetivo promover negociações territoriais com base em uma declaração conjunta de 1956, segundo um funcionário do governo japonês. As ilhas foram tomadas pela União Soviética após a rendição do Japão em 1945. Tóquio argumenta que a anexação foi ilegal e exige seu retorno, enquanto Moscou afirma que foi um resultado legítimo da guerra.

Em suas primeiras conversas por telefone desde que Suga assumiu o cargo no início deste mês, os dois líderes destacaram um acordo firmado pelo ex-Primeiro-ministro Shinzo Abe e Putin em 2018 para avançar as negociações com base na declaração que estipula que Moscou vai entregar duas das quatro ilhas disputadas ao largo de Hokkaido, após a conclusão de um tratado de paz. Falando a repórteres após as negociações, Suga disse: “Eu gostaria de encerrar a questão do Território do Norte sem deixá-la para a próxima geração.”

O acordo de 1956, pelo qual o Japão e a então União Soviética normalizaram as relações diplomáticas, envolve as duas ilhas menores – Shikotan e o grupo de ilhotas Habomai – dos chamados Territórios do Norte no Japão e Kurils do Sul na Rússia. A disputa de décadas pelas ilhas, envolvendo também Kunashiri e Etorofu, impediu os países de assinarem um tratado de paz após a Segunda Guerra Mundial.

Horas antes das negociações, a Rússia anunciou o início de exercícios militares em duas das ilhas, Kunashiri e Etorofu, envolvendo mais de 1.500 pessoas, 200 metralhadoras e peças de artilharia. O secretário-chefe de gabinete, Katsunobu Kato, disse que Tóquio foi avisada com antecedência sobre os exercícios e apresentou um protesto por via diplomática. “Tais ações são inaceitáveis, pois levarão ao fortalecimento da presença militar da Rússia nas ilhas e são incompatíveis com a posição do Japão”, disse Kato em entrevista coletiva.

Leia em Japan Times (Inglês)

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