A primeira a entrar na cerimônia foi a Grécia, nação fundadora dos Jogos Olímpicos modernos, e a última foi o Japão, mas as nações intermediárias não apareciam em ordem alfabética, mas na ordem do silabário japonês.
Islândia, Irlanda e Azerbaijão são todos soletrados com um som “a” em japonês, o que os colocou primeiro. Mas mesmo que se esperasse que a seleção dos EUA tivesse chegado com o conjunto A, como em japonês começa com a América, apareceu no final da cerimônia. Mas por que?
A programação da cerimônia
A reunião de atletas de mais de 200 países e regiões de todo o mundo dentro do recinto principal dos jogos é um de seus pontos turísticos mais impressionantes.
Desde as Olimpíadas de Londres 1908, é tradicional que cada país e região entre no estádio liderado por um porta-bandeira. As equipes também usam suas roupas para mostrar uma parte de sua cultura.
Mas as mudanças desde as Olimpíadas de Los Angeles em 1984, quando os jogos começaram a se tornar eventos mais comercializados apoiados por taxas de direitos de transmissão e patrocínios, levaram a performances mais extravagantes nas cerimônias de abertura e que ganham maior atenção.
A transmissão das cerimônias
Para as emissoras, a cerimônia de abertura é um dos grandes atrativos dos jogos. O Comitê Olímpico Internacional (COI) diz que desde que a distribuição mundial começou com a Olimpíada de Sydney 2000, as taxas de transmissão e as horas de esportes exibidos têm aumentado a cada jogo.
A receita de direitos de transmissão supostamente cresceu para 4,157 bilhões de dólares nos quatro anos (2013-2016) que antecederam a Rio 2016, e o total de horas atingiu 7.100.
Ambos os números são mais do que o dobro dos de Sydney 2000. Estima-se que as cerimônias de abertura atraiam uma audiência global de cerca de 1 bilhão de pessoas.
Foi prometido que os Jogos de Tóquio seriam reduzidos após serem adiados devido à pandemia do coronavírus. Mas o COI não permitiria mudanças na cerimônia de abertura.
O presidente do COI, Thomas Bach, chamou a cerimônia de abertura de uma vitrine para o país anfitrião, que deve permanecer o mesmo. Ele disse ainda que não devem ser feitas mudanças na experiência dos atletas em desfilar no estádio.
Por trás dessas declarações está a grande emissora norte-americana NBC Universal Media. A empresa terá pago um total de cerca de 12,03 bilhões de dólares para transmitir às 10 Olimpíadas, abrangendo os Jogos de Inverno de Sochi 2014 até os Jogos de Verão de Brisbane 2032.
Para o desfile dos atletas na cerimônia de Tóquio, mudanças foram feitas para que o país-sede fosse um dos últimos a aparecer. A ordem das três últimas nações foi os Estados Unidos, destinados a sediar os Jogos de Los Angeles em 2028; França, que realiza os Jogos de Paris de 2024; e o anfitrião deste ano, o Japão.
Embora as mudanças pareçam chamar a atenção para os países anfitriões, as alterações foram aparentemente o desejo das emissoras americanas de altos salários.
Havia a preocupação de que, se a equipe dos EUA saísse muito cedo, os telespectadores americanos mudariam de canal.
Para os Jogos de Tóquio, mais de 80% das instalações realizarão eventos sem espectadores, o que significa que o papel do vídeo foi elevado um passo adiante.
De acordo com o COI, a Olympic Broadcasting Services planeja produzir mais de 9.000 horas de filmagem para distribuição internacional durante os jogos atuais.
Muitas outras coisas chamaram a atenção na abertura, como os pictogramas, que foram executados ao vivo e deixaram muita gente boquiaberta:
