N49 - 27-07-2020

ONG diz que o Japão deve agir para impedir o abuso de crianças atletas

A organização não governamental internacional Human Rights Watch divulgou um relatório onde que constatou que a violência e outras formas de abusos, foram amplamente experimentadas por crianças japonesas que praticam esportes. A pesquisa contou com 381 entrevistados, de até 24 anos ou menos, onde 19% disseram que foram “atingidos, socados, levados, chutados, jogados no chão ou espancados com um objeto” enquanto praticavam esportes.

O relatório, intitulado “Fui atingido tantas vezes que não consigo contar, o abuso de crianças atletas no Japão”, também descobriu que 18% dos entrevistados foram abusados ​​verbalmente. Com as Olimpíadas e Paralimpíadas adiadas por um ano, o Japão deve priorizar reformas para proteger as crianças atletas, disse a HRW. Suas principais recomendações incluem uma nova lei nacional, que proíba todas as formas de abuso por parte de treinadores contra crianças no esporte organizado.

“A participação no esporte deve proporcionar às crianças a alegria de brincar, uma oportunidade de desenvolvimento físico e mental. No entanto, violência e abuso são muitas vezes parte da experiência do atleta infantil no Japão”, afirmou a HRW no relatório.

Enquanto alguns esportes individuais tomaram medidas para acabar com o abuso – como foi o caso do judô, após uma série de casos de violência e assédio de poder serem divulgados pela equipe nacional feminina – a HRW disse que era necessária uma abordagem unificada. Entre suas outras recomendações, o relatório propõe a criação de uma agência administrativa nacional independente, com autoridade para investigar e lidar com casos de abuso infantil no esporte.


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