Por volta das 8:40 da manhã do dia 21 de agosto, o Corpo de Bombeiros de Yokosuka na província de Kanagawa recebeu 40 ligações ao longo de uma hora relatando um “cheiro de gás” na região. Além do cheiro desagradável, ninguém relatou se sentir mal com ele. Esta enxurrada de relatórios está sendo investigada, mas a maioria espera que a causa seja desconhecida. A mesma situação já aconteceu duas vezes antes há alguns meses.
Acontece que o sismólogo Manabu Takahashi, da Universidade Ritsumeikan, estava muito à frente desse último comentário e emitiu seu alerta logo após o primeiro incidente com o cheiro. Há muito tempo ele estuda a relação entre odores e terremotos, com base em pesquisas que descobriram que um cheiro distinto é liberado por rochas antes de quebrarem sob estresse.
Takahashi explica que grandes terremotos não ocorrem repentinamente, ao invés disso, eles se acumulam gradualmente ao longo dos meses, com as placas tectônicas se separando lentamente uma da outra antes que ocorra o choque principal. O professor teme que esse processo seja o que está gerando os cheiros generalizados na área de Yokosuka.
Antes do terremoto de Christchurch em 2010 na Nova Zelândia e do terremoto de Hanshin em 1995, também houveram relatos de odores incomuns que eram difíceis de descrever, mas frequentemente comparados a enxofre ou borracha queimada.