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Escolas brasileiras enfrentam crise financeira durante a pandemia no Japão

As escolas para estudantes brasileiros estão enfrentando dificuldades financeiras, após muitos pais perderam o emprego ou terem sido suspensos do trabalho devido às consequências da pandemia de coronavírus

Escolas brasileiras enfrentam crise financeira durante a pandemia no Japão
Desbravando o Japão

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Parte da série Coronavírus, em 357 posts

Errata: A foto usada anteriormente no artigo era de uma outra escola e não da Escola Paulo Freire Seto, o que não foi informado no artigo original da Japan Times. Pedimos desculpas aos profissionais da Escola Néctar, bem como aos pais e alunos que frequentam essa escola.

Fundada há 15 anos, a Escola Paulo Freire Seto está localizada na cidade de Seto, na província de Aichi. Na sala de aula, seis crianças estavam lendo um conto de fadas em japonês em torno da mesa em 28 de abril.

“O idioma japonês é difícil, mas eu gosto de me encontrar com amigos aqui”, disse uma menina de 8 anos que frequenta a escola desde 1 ano de idade.

Aprovada pelo governo brasileiro, a escola oferece aulas para 18 estudantes em período integral com o mesmo currículo das escolas no Brasil. Depois do horário escolar, também ensina português para 30 crianças que frequentam escolas japonesas.

Essas escolas não apenas dão às crianças a oportunidade de aprender a cultura brasileira e a língua portuguesa, mas também oferecem apoio para aqueles que estão tendo dificuldades na sociedade japonesa.

Muitos pais de alunos trabalham como empregados temporários nas fábricas. A pandemia forçou o fechamento das fábricas, o que levou a uma perda substancial de renda. Pelo menos um deles perdeu o emprego.

A escola está ajudando os pais, suspendendo os pagamentos das mensalidades ou concedendo isenções. Os salários dos professores foram reduzidos pela metade, após a receita da instituição cair mais da metade.

“É uma situação terrível. Não poderemos administrar a escola se essa situação for prolongada”, disse Márcia Brunetti, a diretora da escola.

Entre as 47 prefeituras do país, Aichi era a segunda província em número de residentes estrangeiros em junho de 2019, com cerca de 270.000. Os brasileiros compõem mais de 20% desse número.

Existem 11 escolas para estudantes brasileiros em Aichi, incluindo 1 na cidade de Toyota, onde existem muitas fábricas afiliadas à Toyota Motor Corp.

Essas escolas são elegíveis para receber subsídios, caso aprovadas pelo governo japonês, de acordo com o governo da província de Aichi, mas apenas quatro delas receberam essa aprovação.

Como a escola Seto, muitos não atendem aos requisitos de capacidade de matrícula e tamanho da escola.

“Muitas escolas estão operando com dificuldades, e uma situação difícil é esperada”, disse o professor da Universidade de Aichi Shukutoku, Yoshimi Kojima.

“É uma perda enorme para as comunidades se as escolas forem perdidas”, disse Kojima, especialista em comunidade brasileira no Japão.

Leia em Japan Times (Inglês)

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