Uma rã dourada, de coloração amarela intensa que inclui os olhos, foi encontrada por Shoichi Okashita, residente na cidade de Hokuryu, em Hokkaido.
Uma rã rara, mas cada vez mais comum
Encontrando-se à porta de sua casa, a rã exibiu claramente essa tonalidade incomum. Esse achado surpreendente levanta a indagação sobre o que poderia ter causado essa coloração. De acordo com Okashita, na mesma época em que a rã foi descoberta, os campos estavam repletos de girassóis, dominando a paisagem local.

Uma hipótese sugerida é que a rã tenha desenvolvido essa coloração amarela como uma adaptação, possivelmente para se camuflar. Considerando a profusão de campos de girassóis, alguns especialistas em anfíbios aventam a possibilidade de que as rãs tenham escolhido habitats próximos às flores, usando essa forma natural de proteção para permanecerem ocultas até agora.

Ikuo Miura, especialista em anfíbios, explica que a pele dessas rãs apresenta uma estrutura tripla de pigmentação: um pigmento amarelo, uma camada cristalina e um pigmento preto. Ele especula que uma mutação poderia ter afetado o pigmento negro, levando ao predomínio da coloração amarela. Encontrar rãs com essa coloração dourada é extraordinariamente raro.
No entanto, este ano tem testemunhado avistamentos frequentes de animais dourados, incluindo girinos e peixes. Uma explicação plausível é que, à medida que a interferência humana invade os habitats das rãs, esses animais podem estar se reproduzindo com indivíduos portadores de genes amarelos com maior frequência, o que aumentaria a probabilidade de surgirem girinos amarelos. Isso, por sua vez, elevaria a probabilidade de encontrar essas rãs douradas e amarelas.

Atualmente, a rã amarela está sendo mantida no Zoológico Asahiyama, conhecido por abrigar focas e ursos polares. Existem planos para exibi-la após atingir um tamanho maior.